quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

1978-2013: 35 ANOS DA HISTÓRIA MODERNA DE SUPERMAN NOS CINEMAS
PARTE 4: O HOMEM DE AÇO, DE ZACK SNYDER, (2013): As sementes da origem da justiça.



Este é o último artigo sobre os filmes da criação máxima de Jerry Siegel e Joe Shuster nos cinemas. E é, também, o mais emocionante de escrever. Não é pouco o que se pode dizer sobre este filme, para o bem ou mal, gostando ou não, aprovando certas mudanças, sutis, na mitologia, ou não aprovando, este filme é gênese de um universo inteiro. E sua criação deve ser pontuada e contextualizada com quatro momentos históricos para os filmes de super-heróis.
O primeiro momento é Donner. Se Donner proclamou que filmes de super-heróis devem ser investimentos respeitáveis e levados à sério tanto na produção quanto no roteiro e na direção, devem ser vistos como joias, o caminho para se chegar a este filme nem sempre seguiu a orientação do mestre realizador do filme de 1978. Após Superman e Superman 2, a aventura contínua, a Warner resolveu mudar o direcionamento desses filmes, e então surgiram verdadeiras bijuterias: Superman 3 e 4, em busca da paz e Supergirl. Estes três filmes contavam com elencos estelares para a época, mas a Warner fez desserviço de estragar o caminho de Donner, e o resultado são três filmes que podem ser tomados como assombrações cinematográficas.
Apenas em 1989, e também com a Warner, mas não com o Superman, o gênero (ou sub-gênero) de filmes de super-heróis seria novamente levado à sério: os quatro filmes de Batman, dois de Burton e dois Schumacher, embora com propostas diferentes, mostram um novo fôlego para essas películas. Este é o segundo momento.
Em 2006 temos Singer com seu nostálgico Returns, e depois, para o Superman, o silêncio. E para os filmes de super-heróis mais amenos, a atrasada despedida.
Atrasada pois em 2005 o grande Christopher Nolan inicia sua trilogia com Batman e, com ela, marca o início de um terceiro momento da cinematografia de super-heróis . Assim como Donner fez com seu Superman, Begins é um ponta pé de uma nova maneira de ver os super-heróis: sombria, violenta, relacional (Nolan) ou realista (como ficou popularizado). Mas os méritos de Nolan vão mais além, ele colocou verdadeira nuance psicológica na maneira como se retratar um super-herói (isso nos cinemas, pois nos quadrinhos, Alan Moore, Frank Miller, Will Eisner ou Grant Morrison já faziam isso).
Não é mais possível, gostemos ou não de Nolan, se fazer filmes de super-heróis sem olharmos para a beleza e profundidade de um TDK, até Joss Whedon admitiu isso.
O quarto momento surge em 2008 com Homem de Ferro, do Marvel Studios. Outros personagens marvels já haviam aparecido antes, mas nenhum filme marcou nada de novo. Homem de Ferro inicia o que se viria a chamar de Universo Compartilhado e isso é novo. Pode não ser tão novo para o cinema, pois o Universal Studios já havia feito isso com seus monstros na década de 50. Mas para o gênero de super-heróis a novidade foi como uma bomba e hipnotizou uma legião gigantesca de fãs.
Hoje, então, temos dois momentos que caminham lado a lado. O que se iniciou com Nolan em 2005 e o que se iniciou com o Marvel Studios em 2008.
Pois bem, O Homem de Aço, de Snyder, de 2013, une o realismo de Nolan, com a missão de ser para o Universo Cinematográfico DC aquilo que O Homem de Ferro foi para o Universo Cinematográfico Marvel: o seu livro Gênesis.
E Snyder não polpou sua inspiração.
O filme começa em Krypton onde Lara está em trabalho de parto. Seu marido Jor-El é o parteiro. Já nesse início notamos a primeira diferença desse filme em relação aos atuais: a câmera tremida e desfocada, para insinuar realismo. Mas observem que esse efeito não um efeito que se completa em si mesmo, não é o efeito pelo efeito. Estamos num momento de nascimento de uma vida, e a câmera "realista", como em um documentário, capta o nascimento de uma criança. E isso ganha mais profundidade relacional quando ficamos sabemos, mais tarde, que esse nascimento é o primeiro nascimento natural em Krypton há séculos. Quando kal-El nasce, a natureza inteira brada nos confins kryptonianos. Essa abertura em krypton em sim mesma já é um filme a parte. É o mais eficiente prelúdio em filmes de super-heróis. E os efeitos especias dessa cena, aliados com a câmera de Snyder e seu olhar clínico para o momento exato do impacto, tornam esses 20 minutos iniciais uma pequena joia de um grandioso colar preciosíssimo. Nos momentos seguintes Jor-El está reunido com o conselho. Alerta sobre a iminente destruição do planeta. Zod chega de repente e proclama sua tomada de poder. A tentativa fracassa e os insurgentes são presos, julgados e condenados. Antes porém, Zod alerta Lara que vai encontrar Kal e exercer sua vingança. Momentos antes, ela e Jor-El haviam lançado o pequeno Kal em direção às estrelas. Após a cena da prisão na Zona Fantasma dos criminosos, Krypton explode. É notável a música nesse momento. A cena é de destruição mas a música é totalmente desfocada desse momento. Ela fala mais da tristeza de Lara do que da destruição planetária em si. Do desalento, da solidão, do nada da alma ante o acabar de tudo. É soberbo. Presenciamos a destruição de Krypton sentindo a tristeza de Lara. A abertura prossegue mostrando a nave de Kal nas estrelas. A música continua íntima e quase silenciosa, como a vastidão do espaço. Porém ela muda de tom e se acelera, à medida que se aproxima da Terra. O que acontece em seguida é um corte fantástico.
Antes do impacto da nave na terra, a cena corta para o tempo presente onde uma embarcação se choca com o mar. Clark é um dos marinheiros. Uma plataforma está em chamas e ele consegue salvar os petroleiros. Mas acaba submergindo no mar. Duas baleias são vistas próximo a ele. E já houve muitas explicações para isso. Pode ser um ester-egg para Aquaman.
Nesse ponto temos mais uma novidade snyderiana para esse filme. Flashbacks. Man of Steel não é um filme linear, e isso o diferencia novamente de seus companheiros de outros estúdios.
E nesse primeiro flashback temos mais acurada uma característica já presente desde a cena de abertura em Krypton: o intimismo. No prelúdio esse intimismo veio na música que ouvimos na destruição de Krypton, veio nos olhares de Lara para seu bebê. Agora temos a alma do pequeno Clark desvelada. Ele sofreu muito enquanto criança. Quando desperta, o adulto Clark está em uma praia, está chovendo e a câmera é aquela documental do início. Clark está molhado e consegue umas roupas secas numa casa próxima. O dono não ver ele pegando...
Veste as roupas e se dirige para a cidade. Ver um caminhão escolar e em flashback, acompanhado de música country bem suave, presenciamos o primeiro salvamento de Clark. O ônibus escolar em que estava cai de uma ponte para um rio e afunda. Clark salva a todos. Na sua casa, uma mãe fala para os Kent que Clark é um anjo. Jonathan Kent vai conversar com seu filho e diz que ele é de outro planeta. Clark chora. Cenas assim, nesse filme, conseguem mostrar um lado de Snyder não muito conhecido pelos seus outros filmes, mas que em O Homem de Aço é uma constante: a união, em um filme de super-herói do intimismo com a pancadaria. Intimismo, nas cenas de jonathan kent, nas cenas de Clark criança com sua mãe, nas cenas de Clark jovem, onde Cavill expressa facialmente o ponto exato do sentimento da cena, nos diálogos de pai e filho. Há dois filmes sendo contados em O Homem de Aço, o primeiro é um filme intimista, sensível e humano; o outro é um filme exterior de explosões e lutas. Snyder mostra seu talento em ambos os momentos.
Estas viagens de Clark são inspiradas em O Legado das Estrelas. Na cidade consegue arrumar emprego como garçom em um bar; é quando escuta conversas de militares sobre um estranho objeto no Polo Norte. Decide rumar para lá. Antes, um caminhoneiro quer brigar com ele, as expressões de Cavill são fortes e fazem com que sintamos junto com ele a necessidade de não reagir. Quando o caminhoneiro sai do bar, horas depois que Clark saiu, o seu caminhão está estacionado de forma fora do comum...
No gelo, Clark descobre uma nave kryptoniana e com ela sua origem. A repórter Lois Lane, do Planeta Diário, está cobrindo a descoberta. Porém, quando a repórter dispara um flash em um robô, este dispara um tiro laser na jornalista. Clark consegue impedir que o robô mate-a e cauteriza o ferimento. Antes disso, Clark aciona um comando na nave que libera projeções de seu pai biológico, ao mesmo tempo que envia uma onda eletromagnética para o espaço, que será captada por Zod e seus asseclas. Como é explicado mais tarde, a explosão de Krypton conseguiu libertar os criminosos da Zona Fantasma. Estes vagaram pelo espaço recolhendo armamentos, trajes e mesmo uma máquina planetária kryptonianos; quando captam o sinal da nave na Terra, decidem invadir o planeta.
No jornal Perry White decide não publicar a matéria de Lois sobre os acontecimentos alienígenas que ela presenciou. Mas Lois entrega o material para um blogueiro de fama duvidosa e vai procurar pelo alienígena, acabando por chegar em Smalvillle. Lá conhece a mãe adotiva de Clark e o próprio Clark enquanto visita o túmulo de Jonathan.
Clark fala que era desejo de seu pai que sua identidade só fosse revelada quando do momento adequado, pois a humanidade ainda não estava preparada para ele.
Aqui ocorre outro flashback. O mais comentado momento do filme e o mais controverso.
Clark e sua família estão em uma autoestrada quando um violento furacão se forma. Todos saem dos seus carros e se dirigem para um local seguro. Mas Jonathan volta para salvar o cachorro da família e acaba morto pelo furacão. Clark queria salvá-lo, mas a mão firme de Jonathan sinalizou que não. O filho obedeceu a vontade do pai.
Essa cena seria bem aceita caso Snyder resolvesse seguir o que todos pensavam que iria acontecer: a revelação do Superman diante de todos, salvando o pai. Mas Snyder optou por um anticlímax e fez o furacão varrer qualquer realização esperada de uma cena super-clichê. Essa é mais uma novidade de Snyder em O Homem de Aço, a busca para fugir de situações que se resolvam de forma "clichê". Essa cena é original e nunca mostrada em um filme de super-herói.
Snyder procurou um entendimento interior e filosófico para o momento. Fez Clark momentos antes dizer que Jonathan não era o seu pai. Para no momento seguinte mostrar o arrependimento de Clark de forma visceral, na mais completa obediência e respeito à figura paterna, mesmo que isso significasse a morte de seu pai. É um cena difícil. Mas filmes de super-heróis não precisam ser necessariamente fáceis.
A formação de Clark foi dura e difícil. É essencial que essa formação fosse mostrada dessa maneira. Snyder considera Clark um ser divino, como veremos mais tarde, mas também consegue enxergar que esse ser divino está entre humanos e portanto é capaz de sofrer como homem. Na verdade sofre como homem para aprender o significado do sofrimento humano. Isso é algo profundo. Sofrer para compreender e assim se identificar com o sentido do sofrimento alheio. Apenas uma figura na história humana fez isso. O personagem de Siegel e Shuster é claramente inspirado nele. E Snyder aprova integralmente essa identificação.
Na sequencia, Zod chega a Terra com um ultimato: quer que Kal-El se entregue ou a Terra será destruída.
Agora nós vemos um dos momentos mais belos do filme. E que não se encontra semelhante no atual panorama cinematográfico super-heroico. É uma cena intimista, como outras anteriores, mas diferente daquelas pois esta se passa no presente. E é uma cena inspirada em uma hq, nesse caso, Superman: Pelo Amanhã. Clark conversa com um padre. Após o ultimato de Zod, ele fica ainda mais pesaroso e decide procurar conforto espiritual. Na cena, atrás dele, vitrais com figuras de Jesus Cristo. Apenas com esse personagem histórico a criação de Siegel e Shuster pode ter completa identificação, talvez também com Moisés.
O padre aconselha-o a agir pela fé.
É uma cena corajosa. Mostrar um Superman fragilizado, humano e cheios de dúvidas, ter a coragem de mostrar um Superman em formação de maneira humana: com dúvidas, silente, angustiado, buscando até mesmo ajuda com padre! Esse momento é um diálogo sobre fé. E nada é mais humano do que a fé.
Essa identificação de Clark com Jesus também é positiva por outro motivo. Desta vez político. Mostrá-lo como uma espécie de judeu que não encontra pátria, é fugir dos que identificam o personagem como um representante do modo de vida americano, Cristo com certeza é mais universal.
Ele decide se entregar. Mas do modo dele e não seguindo a cartilha do governo EUA. Ele mesmo afirma que o temem pois sabem que não podem controlá-lo. Esse Superman de Snyder/Cavill está muito distante do bom escoteiro. Outro ponto para Snyder.
Na nave de Zod ele é submetido a testes juntamente com Lois.
Consegue se livrar, mas agora Zod está atacando com tudo o planeta: uma máquina planetária está terraformando a Terra. Transformando a atmosfera terrestre em kryptoniana.




Na Terra, Superman fala de seus planos para anular o efeito da máquina. Vai criar uma singularidade entre a máquina planetária que está sobre o Oceano Índico e o nave que tá sobre Metropolis. Agora esse filme mostra de forma mais vigorosa sua outra virtude: a pancadaria perfeita e a destruição gigantesca. Já tivemos um vislumbre disso em Krypton e em quando Smalville foi invadida por Zod. Mas agora é em Metropolis e o show de CGI é delirantemente arrasador. Se o inicio do filme pós-Krypton é intimista ao mostrar as angustias de Clark e sua família, o final é uma explosão de CGI avassaladora que é digna daquele outro Snyder, o porradeiro.
Kal consegue destruir os planos de Zod. E com o buraco negro criado, não apenas as gigantescas maquinarias kryptonianas foram sugadas mas também os asseclas do General.
Agora a batalha final é entre os dois kryptonianos.
As palavras de Zod para Kal, após as últimas esperanças de restabelecer Krypton serem frustradas, são paradigmáticas e mostram novamente uma grande virtude dos grandes filmes com personagens DC: o vilão. Hackman com Donner, Nicholson e Pfeiffer com Burton, Spacey com Singer, Neeson e Ledger com Nolan são exemplos de uma tradição vigorosa, a de grandes vilões. Shannon com Snyder não faz por menos.
As palavras e a interpretação delas por Shannon corporificam magistralmente Zod. Ele é um general. Qualquer coisa que faça, cada ato, não importa se bom ou se mau, é para o bem maior de Krypton. Para o bem maior de "meu povo"! E quando isso se vai, "A minha alma é o que você roubou de mim!" Afirma para Kal-El.
O embate é magnífico. É a melhor cena de luta em filmes recentes, e não apenas em filmes de super-heróis. A câmera de Snyder parece saber o momento certo para a tomada. Que diretor! Agora eles se prova, mais uma vez, um mestre para a imagem, é o Snyder de 300 ou de Watchmen, com sua agudeza plástica multiforme e caleidoscópica. É simplesmente O FINAL MAIS ÉPICO de todos.
E Snyder não tem piedade. Leva tudo às últimas consequências. Com esse final, mostrou que um filme de super-herói pode ir às últimas consequências na vontade verdadeira de sair do lugar-comum, de fugir do clichê: o assassinato de Zod nas mãos de Kal-El é a cena mais original em qualquer filme de super-herói em qualquer época e se torna mais tensa sobretudo porque o ato é feito diante de uma família aterrorizada. Nenhum filme de super-herói ousou ir tão longe.
Mas com um vilão construído da forma como Zod foi: inexorável, sem cerimônias e determinado, qualquer outro final seria duvidoso e tiraria muito mérito de Snyder. É preciso coragem para matar. Mais ainda, é preciso coragem para fazer o super-herói matar o vilão. E mais ainda, é preciso coragem ainda maior para fazer o super-herói matar o vilão diante de uma família aterrorizada pela luta entre os próprios super-herói e vilão.
E o Superman quebra om pescoço de Zod. E grita dolorosamente por isso. Salva uma família da destruição. E se destrói de sofrimento, ajoelhando ante os humanos presentes, incluindo Lois. É Cristo sofrendo as dores do mundo, as dores de um mundo cruel e sem misericórdia. Ele precisou passar por isso, e assim poder se tornar mais tarde o super-herói que sabemos que ele é. O primeiro e o maior.
No epílogo, que pelo clima se passa mais tarde, em um momento futuro, com Metropolis já, no mínimo, em fase de reconstrução, Clark é apresentado ao Planeta Diário. A música não consegue acompanhar os sorrisos que vemos. Assim como na cena de destruição de Krypton a música parece dizer outra coisa além da visão.
E nesse caso, devemos saber que os acontecimentos de O Homem de Aço vão repercutir. Os sorrisos são contidos. A música é quase um eco do silêncio. Impessoal. Fria. Soturna. Distante. Embora a cena seja de alegria. Não há festejo após a vitória do Superman.
Snyder construiu um filme que caminha entre o coração e a alma e o braço e o sangue. Ele não fez concessões gratuitas ao gosto já dantes estabelecido sobre como esse personagem deve se comportar. Verdadeiramente esse filme é um filme de origem. Snyder procurou construir Clark/Kal/Superman de forma crível, embora não habitual. Mostrou dessa forma como se faz um filme que joga com a emoção interior ao mesmo tempo em que detona diante de nós uma pancadaria de mestre. Do intimismo e realismo das cenas de infância, juventude e fase adulta de Clark aos diálogos dele com sua família e dos de Jor-El com Lara passando pelo retrato de Zod e pela morte de Jonathan até chegar nos escombros de Metropolis, esse filme merece ser amado por cada cena que foi filmada. Nenhum filme de super-herói possui cenas tão marcantes de ação quanto esse.
Nenhum filme de super-herói possui cenas tão íntimas quanto esse. Nenhum filme de super-herói fugiu tanto do clichê quanto esse.
No que tange aos aspecto dos intérpretes, o elenco está inspirado.
Henry Cavill, primeiro ele. Seu Superman não deve nada a nenhum outro. Fisicamente é o próprio. Dramaticamente consegue passar emoção, seja falando, seja calado, através da expressão facial certa, em todos os momentos. No diálogo com o pai, antes de sua morte no furacão, nem precisava tanta energia. Mas vale a pena ver. Quando fica calado e deixa o restante do corpo atuar, também é ator. Sua fisionomia na cena do bar com o caminhoneiro é convincente sem qualquer restrição. A cena na igreja é profunda. Cavill sabe trabalhar esses momentos. Superman não é um personagem simples. É complexo e difícil de ser trabalhado. Mostrar Kal-El com dúvidas existenciais é um elemento necessário nesse processo de criação para fazer a ligação com o nosso mundo e o nosso tempo.
A Lois Lane de Amy Adams não tem os histrionismos, comuns na época da de Margot Kinder, e por isso consegue passar verdade como uma jornalista de hoje.
Michael Shannon convence por tudo a respeito de seu Zod. Da vontade de selecionar suas falas e suas cenas e ver em separado.
Russel Crowe e Aylet Zurer são corretos como Jor-El e Lara.
Kevin Costner e Diane Lane, Jonathan e Marta Kent são os personagens mais interiores e intimistas da película. São as faces humanas que criaram e humanizaram Clark.
Lawrence Fishburne é um sólido e respeitável Perry White.
A bela Antje Traue é a parte feminina de Zod. Tão implacável e convincente quanto o General em seu retrato de Faora.
Por tudo isso Snyder está certo e de parabéns pelo bálsamo que foi O Homem de Aço. Bálsamo contra aqueles que querem ver o Último Filho de Krypton preso em amarras passadistas.



O Homem de Aço prova a validade do personagem para os dias de hoje. Obrigado Zack Snyder, seu Man of Steel é o maior filme se super-heróis do século XXI.

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